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Direto ao assunto

Estamos numa situação que exige posições de coragem e patriotismo, como o apoio da deputada Tábata Amaral, de oposição, que se manifestou favorável à reforma da Previdência

 

Por Aristóteles Drummond 05 de Junho de 2019

| Jornalista

 

O Brasil está em grave crise e com dificuldades em retomar o crescimento. Bons projetos e boas intenções não resolvem o emprego, o buraco – nem a cratera nas contas públicas. Há muita gente sofrendo; muitas oportunidades perdidas.

Seria o momento  de não se debater outros assuntos, mesmo que importantes para uma camada da população. É preciso que fiquemos no que realmente interessa.

Há muitas coisas que têm de ser feitas. Conclusão de obras inacabadas, criação de um ambiente favorável ao investidor e empreendedor, esclarecer via Legislativo as dúvidas surgidas no combater à  impunidade. E mais: ampliar a base de contribuintes sem aumentar a carga, usando de sistemas modernos e desburocratizados, para tornar o Judiciário mais rápido e mais simples, e remontar o sistema de saúde.

Temos que dar uma pausa de política barata do ser contra por princípio, de atrasar as reformas, na futrica menor, incluindo o chamado “fogo amigo”. O que, aliás, de amigo não tem nada.

Estamos numa situação que exige posições de coragem e patriotismo, como o apoio da deputada Tábata Amaral, de oposição, que se manifestou favorável à reforma da Previdência. No mais, é mostrar ao povo quem está agindo com raiva e ressentimento, e não com o esperado patriotismo de quem faz política. Afinal, deve-se supor que todos amam o Brasil.

Vivi, pessoalmente, uma experiência  e uma lição quando recebi em minha casa o ex- governador Brizola, em 2002, a quem estávamos apoiando num segundo voto, por exclusão.

Diante dos convidados, eu me referi aos anos em que o combati e ele, na resposta, me disse que, na verdade, nunca estivemos em campos opostos, mas em linhas paralelas, tendo em comum o objetivo do bem do Brasil. Brizola amadureceu no segundo mandato e, ao se aliar ao presidente Figueiredo, muita coisa pôde obter para o Rio.

É isso que devemos fazer. Uma pausa para tirar o país da crise e, depois, discutirmos outros temas. Cabe aos dois lados, é claro, ou também ao terceiro, que é o grupo do “fogo amigo”. Isso é o que o povo quer.

Deve-se observar que a quebra do país não vai beneficiar ninguém. Está aí a Venezuela, onde o povo tem fome e os governantes não conseguem dormir em paz, mesmo que de barriga cheia. Ninguém vai ganhar este jogo com  divisão, sabotagem e babaquices. E o povo sabe disso.

 

As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio

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