
Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reduziu de 4,2% para 3,9% sua previsão para a expansão das vendas do comércio em 2021.
A revisão foi puxada por um ritmo menor de expansão das vendas em novembro de 2020, frente a novembro de 2019, que nos meses anteriores. De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, o varejo restrito subiu 3,4% em novembro, quando comparado a novembro de 2019.
Segundo a CNC, o fim do auxílio emergencial, a situação ainda grave do mercado de trabalho e o aumento da inflação apontam para vendas mais lentas neste início do ano.
Para o varejo ampliado, que inclui o setor automotivo e material de construção, 2021 ainda será um ano de queda, segundo a CNC. A projeção é de recuo de 5% das vendas.
“O resultado de novembro foi uma combinação de redução do auxílio e alta de preços, e isso pressiona o orçamento das famílias. Com isso, vimos um ritmo bem mais fraco da série interanual, que motivou nossa revisão”, afirma o economista sênior da CNC, Fabio Bentes.
Segundo ele, é preciso acompanhar com atenção também como será a vacinação da população e a evolução da pandemia. “Caso o processo de imunização não seja tão eficiente, se tivermos dificuldades, especialmente na questão dos Estados, o impacto pode ser maior no varejo”.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.
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