Artigo – O varejo e a diversidade

O varejo e a diversidade

 

(*) Alvaro Furtado

 

Acontecimentos recentes mostraram que, embora em geral as empresas do varejo de alimentos sejam em sua essência contrárias a todo tipo de discriminação, reafirmem e pratiquem internamente essas políticas, nem sempre elas alcançam e contagiam a totalidade de suas equipes.

O varejo de alimentos, em especial, é muito presente na vida das pessoas, independentemente de gênero, raça, credo, condição social, orientação sexual ou qualquer outra característica.

E, justamente por lidarmos com seres humanos − no varejo estamos falando de 727 mil trabalhadores só no estado de São Paulo −, os desafios são enormes quando se trata de combater preconceitos.

O preconceito racial e tantos outros são fontes que alimentam a intolerância e consistem em um problema estrutural da nossa sociedade, que não podemos ignorar.

A discriminação pode ter diferentes motivos, mas em geral o mesmo desfecho humilhante para quem sofre, quando não trágico.

É essencial e urgente que as empresas reconheçam o desafio e se empenhem, incansavelmente, em combater os preconceitos por meio de uma atuação pedagógica para ampliar essa transformação, de dentro para fora.

As relações humanas dependem do respeito à diversidade e da garantia dos direitos sociais, em todos os níveis. E o varejo só existe onde há gente, sejam colaboradores ou clientes.

Nesse cenário desafiador, o Sincovaga reafirma o respeito à diversidade e o compromisso, por meio do Programa Coexistir, de desenvolver iniciativas para acelerar a transformação de atitudes pessoais e institucionais. O caminho é longo, mas acreditamos ser possível, com consciência, atitude e diálogo.

 

Alvaro Furtado é presidente do Sincovaga.